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Mostrando postagens de janeiro, 2011

poesia abelhuda

desconfio que é preciso brincar e dançar recorto minha vida, faço mosaicos pinto de vermelho o que era branco e algo me tenta a descolorir os verdes, azuis, as cores de fruta, o inexistente para deixá-los mostrar novas cores não gostaria de ser mais do que uma abelha e polinizar
vago é o meu espaço uma rima pobre com teu nome ele deixa brechas pois, do contrário, não escaparia me calo e me despeço sou o meio o que não quer ter nome sou o que deseja tirar as palavras de quem ao dizer, dirias nada é preferível que não falem é preferível que não vivam a viver pela metade melodia desastrosa essa que sai de mim sou interferência calo

receita encontrada num papelote azul em fevereiro

amar o tempo gostar das passagens libertar-se nos finais gosto quando acaba o carnaval!

tão perto

o horizonte nunca sai do lugar para amá-lo é preciso não ser

escrevo

escrevo como quem de repente acha graça e ri como a onda que cresce com a mudança do vento e a excitação do momento primeiro mas, sobretudo, escrevo com a paixão pelas imensidões o que é pequeno me adoece como ostra, fixo no fundo até que a correnteza me dê pistas para onde ir e sempre vou, em direção àquilo que não posso medir sou peixe, ave, veleiro nado longas distâncias vôo e deslizo se há janelas, mantenho-as abertas se há um pôr do sol, morro de amor se há altura, deliro se há o mar, é lá que estou