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Depois das ruínas

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Sobre adentrar recônditos escuros, Espera-me, amor, Que as ruínas são nossas Para compartilharmos Da sede da reconstrução. Há um gosto amargo Lançado ao chão? Eu só vejo luminância Neste castelo repleto De teias de aranha. Cada pedaço de madeira Que despenca na dormência Dos nossos corações É o fogo-fátuo que nos desperta De uma sombria hipnose. Faz-se um clarão ao longe, No subterrâneo, E há sempre um corpo que jaz Submerso aos pedaços de ferro. Mas a luz observa à espreita. As ruínas oferecem redenção. Aprecio-as porque desbancam vaidades. Espera-me, amor! Vamos recriar a liberdade!