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Mostrando postagens de julho, 2012

poesia bem-concreta

um abraço desejo recorrente na memória do corpo seu corpo misturado a dor despedaçado meu corpo

o porvir

Saudade do que ainda vou viver De todos os lugares que vou conhecer Ânsia do mundo Da Índia, do Ártico Da montanha que virá para contar segredos ancestrais O além-mar de Portugal O sorriso por compartilhar O alto do infinito para gritar seu nome Saudade sem fim do mar azul Das estradas pelas quais passarão meus pés Dos matos por pisar e causar afetos De todos aqueles cheiros a sentir pelos mercados populares E aquela gente toda estranha a sussurrar uma língua que não é sua O suor do calor de deserto O frio regado a vinho italiano Outro a desafiar nossas barracas carregadas de sonhos O mundo é todo meu mesmo não sendo E deverá ser mais e mais E cada vez mais Nosso, do sonho de viver com asas Até que a saudade não exista mais Tal será o movimento como padrão da existência

para uma maldita visita

E você, o que quer de mim? Do que acha que vai me privar chegando desse jeito? Eu sei, você quer expurgar tudo o que precisa ser dito e ainda não foi feito Entendo Por ora aceito Mas fique pouco tempo Senão vai ver o que é bom pra tosse Estou a caminho do mundo inteiro Os dados foram lançados É hora apenas de dar uma passadinha E tomar seu rumo pra outro lado Estou com os cravos em punho pra te mandar pra lá Se ainda quiser ficar Teremos uma longa jornada pra te expulsar Mas sim, será expulsa E chegará o momento de falar