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Mostrando postagens de dezembro, 2015

O primeiro dia

Todo dia é sempre O primeiro dia Do resto de nossas vidas Dia de dizer palavras duras Que já não podiam não ser ditas E ouvi-las, algumas De descobrir que o amor se fortalece Mesmo quando a gente esquece - Quando se deve esquecer - E nos dias cinzentos dos afastamentos Que carregam a esperança Dos novos e futuros felizes momentos Todo dia é dia de saber Que existe amor no sim Mas também no não E que não e sim São como luz e escuridão Todo dia é dia de jogar coisas fora Aquelas cartas de anos atrás Que estavam empilhadas em pastas Por sua vez empilhadas em armários Por sua vez empilhados – pesados – Num excesso de memória Dia de descobrir que elas Não servem mais a nada Que não à história E é só no coração o seu lugar Para que guardar tanto objeto Em um mundo já repleto? E porque represar energia Quando deve o novo chegar? Se o se que passou só existe Como lembrança e aprendizado - às vezes como o inventado - E nem existe ainda o que virá Sejam