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Mostrando postagens de dezembro, 2011

A calma do mundo

uma praia eu, você, o mar, todos nós sol até se pôr chuvinha fina no cair da noite café, biscoito doce rede para embalar os sonhos sonhos para se tornarem reais guitarras, pianos, enganos deixados de lado cachorro dormindo, bem-te-vi no telhado planta despertando com a água água para diluir as dores calma para as batalhas do mundo lua, estrela, eternidade em um segundo energia para as manhãs suco de frutas, capim limão e pães castanha para ter crocância bicicleta para a consciência e a errância amor em cada canto da casa no jardim e no banheiro, flores prancha na varanda desejando onda menino na onda realizando a prancha música para um fim de tarde cigarras, incenso, vela de canela cervejinha para brindar com amigos yôga para brindar o corpo sexo com suor e de verdade chinelo pra descansar a ansiedade hortelã, alecrim, manjericão banana com mel, mel com limão livros nas escadas abrindo caminhos uma montanha vista da janela

o que houve?

saudade estranha do que não foi da poesia que ficou suspensa angústia das escolhas mal feitas que permaneceram escolhas e não foram alegrias transbordamentos o que se faz com eles? o que se faz com a poesia diante do concreto?