o porvir
Saudade do que ainda vou viver
De todos os lugares que vou conhecer
Ânsia do mundo
Da Índia, do Ártico
Da montanha que virá para contar segredos
ancestrais
O além-mar de Portugal
O sorriso por compartilhar
O alto do infinito para gritar seu nome
Saudade sem fim do mar azul
Das estradas pelas quais passarão meus pés
Dos matos por pisar e causar afetos
De todos aqueles cheiros a sentir pelos mercados
populares
E aquela gente toda estranha a sussurrar uma língua
que não é sua
O suor do calor de deserto
O frio regado a vinho italiano
Outro a desafiar nossas barracas carregadas de
sonhos
O mundo é todo meu mesmo não sendo
E deverá ser mais e mais
E cada vez mais
Nosso, do sonho de viver com asas
Até que a saudade não exista mais
Tal será o movimento como padrão da existência