Poema para renascer
Foi antes da madrugada da vida
Que ficou a minha luminosidade
E as borboletas se tornaram sombras
Por muito longo e tortuoso tempo
Voando ao redor dos segredos
Mas no agora o sol reluz
Como nasce atrás das montanhas
Na plenitude dos dias azuis
E se põe no mar aos olhos
Estupefatos dos adoradores do verão
Só no agora, neste instante presente,
No qual o passado nada mais é
Que o que ficou rabiscado num livro solene
Para ser estudado quando convier,
E o futuro, apenas a promessa da luz,
É que vive a pulsação mais quente
Como guelra de peixe, ovo de lagarto,
Asas de pássaro e cio de fêmea.
O meu!
Neste instante: o presente.
Em que me jogo vendada nos braços da vida
Com coragem, veemência e sorte
Como quem se lança de uma pedra no meio do mar
Imitando as aves em seus voos certos,
A seguir um corpo pleno da paixão pela vida,
Apenas porque segui-lo é encontrar a mim mesma.
Renascida!
Revisitei a madrugada
E com ela conversei longamente.
Ao abrir o baú das estradas dolorosas
Lá eu encontrei a verdade:
Eu era a menina de sempre,
A que sonhava e remava longos mares.
A pus no colo e a embalei
E, assim, as sombras voltaram
A ser borboletas, como nos ciclos do planeta,
E meu coração se encheu de paz novamente,
Uma janela aberta para o sempre.
Que ficou a minha luminosidade
E as borboletas se tornaram sombras
Por muito longo e tortuoso tempo
Voando ao redor dos segredos
Mas no agora o sol reluz
Como nasce atrás das montanhas
Na plenitude dos dias azuis
E se põe no mar aos olhos
Estupefatos dos adoradores do verão
Só no agora, neste instante presente,
No qual o passado nada mais é
Que o que ficou rabiscado num livro solene
Para ser estudado quando convier,
E o futuro, apenas a promessa da luz,
É que vive a pulsação mais quente
Como guelra de peixe, ovo de lagarto,
Asas de pássaro e cio de fêmea.
O meu!
Neste instante: o presente.
Em que me jogo vendada nos braços da vida
Com coragem, veemência e sorte
Como quem se lança de uma pedra no meio do mar
Imitando as aves em seus voos certos,
A seguir um corpo pleno da paixão pela vida,
Apenas porque segui-lo é encontrar a mim mesma.
Renascida!
Revisitei a madrugada
E com ela conversei longamente.
Ao abrir o baú das estradas dolorosas
Lá eu encontrei a verdade:
Eu era a menina de sempre,
A que sonhava e remava longos mares.
A pus no colo e a embalei
E, assim, as sombras voltaram
A ser borboletas, como nos ciclos do planeta,
E meu coração se encheu de paz novamente,
Uma janela aberta para o sempre.