A arte torna visível o invisível!
réquiem
jamais houve metamorfose maior que esta nem silêncio tão doloroso desses de nascer o novo revirando o próprio poço jamais a vida gritou tão alto dentro do meu corpo alto, tanto, que sou incapaz de escuta e deixo que se derrame todo o pranto sinto é rasgo no estômago e o coração pulsando em cada veia desfazendo toda e qualquer teia transformando em cacos os laços para renascê-los borboletas sinto é que rasguei agora a placenta e ando testando a carga nos fios da solidão para saber até onde aguenta sei que não mais haverá drama estou farta jamais houve metamorfose mais rara nem silêncio tão precioso desses de celebrar o novo refazendo o próprio poço