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Mostrando postagens de setembro, 2010

considerações dominicais

prefiro acreditar que não sou nada nem ninguém só assim posso ser tudo! ---- tenho muitos a priori eles precisam morrer --- é preciso amar o tempo para dele não sermos marionetes é preciso amar o tempo! o que foi, o que é, o que será --- me disse Pessoa: para viver a dois, antes é necessário ser um! --- me disse Moska: navegar só se for por paixão!

Domingo

domingo de tarde estou sozinha como uma macarronada nada mais simples bebo um malbec no som, kevin canta a incompreensão uma nostalgia latina me invade penso na verdade, e tão logo ela se dilui penso em sexo, fico na vontade penso no amor, me inflo penso na arte, e me alegra o devir e o que está por vir de qualquer forma estou feliz gosto de domingos sorrio sozinha e vou colorir os meus desejos

Viver é bom nas curvas da estrada...

A solidão é uma puta velha Ela chega cheia de ressentimento Vai contando aquelas histórias mais bizarras A gente se sente meio constrangido porque ela não tem papas na língua Fala das dores passadas, das vezes que não queria Ela gostaria de se vingar Mas percebe que não há vingança possível A quem? Ela se pergunta E começa a contar outras histórias Talvez elas nunca tenham existido Mas se não existiram, não são menos reais Só sei que de ressentidas não têm nada E são uma celebração da vida, daquela forma mais inusitada Diferente do comum, daquele comum que criamos como couraças E o ressentimento vai ficando para trás quando se esquece Ela vai esquecendo e vai tecendo o novo Ela vai dizendo da montanha que escalou, do país que conheceu Do homem que amou, das loucuras que cometeu Se é verdade não importa, Já produziu em mim uma alegria torta de viver Tudo aquilo que posso fazer, todo o mundo inteiro pra sentir E depois de contar todas as históri