Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2011

visão

Mora onde a santidade? Essa que não tem rosto De uma santa que brilha por cima Dos templos tão outros dos antigos Que já não sei para que existem Santa? Demônio? Tanto faz São a mesma coisa O que nos faz tão diferentes? O que nos faz tão iguais? Porque o silêncio e a luz insistem em representar a divindade? Eu poderia ser qualquer santo Entidade, arquétipo Que eu saiba não há graduação pra isso Que eu saiba ainda não inventaram distintivo Que marque a chegada do divino Porque ele está em toda parte Até no que chamam de pecado Minha intuição cada vez falha menos Nunca falhou E quase não dei atenção Porque de fato eu funciono como um alerta E me surpreendo sempre porque acerto Eu sei, sempre sei A santa me falou Me disse que ali era só eu mesma e nada mais Ela foi o sinal Mas quem no nosso mundo tão precário Sabe ouvir o que não se escuta? Eu? Estou aprendendo. Eu ouvi

Eu sou o universo

Não serei o que quer que você queira que eu seja Não posso Acredite que o que se passa aqui dentro Não é o que você vê Você que não me conhece bem E acha cabível conceber um mundo para mim Eu concebo o meu mundo E cada vez mais Nele só cabe o que manda o meu desejo E você vai achar bonitinho o que eu escrevo Profundo... E nem vai perceber que é pra você que eu falo Para todos vocês que constroem Sobre mim teorias e verdades Eu busco sensibilidade Estou à cata das evidências do amor-mundo É isso que me move E se eu esboço uma única palavra que seja Sobre isto, o que escuto é uma risada Ok! Tudo bem... Eu vou continuar fazendo o que quero E você vai continuar acreditando Que me conquistou para sua seita Eu não universalizo Eu sou o universo

em clima contracultural

sabemos que quando o que parece, não parece nada é porque é tudo e deseja o tudo mas é preciso cautela para o nada vir a ser tudo do parecer ao barro o ruído pode ser insuportável ah, mas isso sim é que seria primavera a floração do tudo a partir do nada a agressão da beleza a chocar os escarros dos burocratas vida sempre como potência não à cultura pequena das convenções que importa ela, essa de quem só faz muros lembremos da arte arte é luz e sempre pode nos recordar que o possível pode ser o que quisermos que ele seja que é preciso dizer o que deve ser dito e fazer o que é necessário que seja feito ignorar? esqueça. ideia errada, sinto lhe dizer... o que você ignora se torna um fantasma o que você deseja se torna seu barco e é preciso que deixemos de lado a poesia óbvia e o estabelecido dia a dia copiado. porque também é preciso que sejamos mais e tudo aquilo que a vida pode ser em nós potência é uma questão de coragem.