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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Poema sensorial - ou da sensualidade universal

um suspiro e eu derreto como relógio de dali lentamente vem chegando com o ar quente cheiro de musgo a tocar minhas narinas como se fosse a mais bela das criaturas da natureza e com que sensualidade a água bate na rocha à beira da praia em dia de profundo silêncio esse que toca dentro de mim uma melodia doce e um ritmo cruel mesmo lá onde homens e mulheres ainda não estiveram lá também o calor faz os corpos se tocarem como calor quântico e multidimensional sem o qual nem o cosmo nem a vida seriam possíveis e que empresta sua bossa à valsa vascular trazida ao ar pelo violoncelista cujos dedos tocam as cordas como se tocassem uma mulher de pele macia brilhando ao sol, em dia de brisa e verão ela, que com seus beijos não hesitaria em lançá-lo àquele prazer profundo que só as madrugadas permitem perceber suave e intenso, o óbvio do mundo como o odor do carvalho, o gosto do pão, o tanino da bebida com seus dedos a desenhá-lo parte a part

Fogo que arde

eu vivo o inexplicável e assim prefiro entre porta copos de van gogh e uma fantasia para o carnaval eu concebo poesias como quem quer dar à luz junto a isso, escrevo uma tese e acordo sempre muito cedo para ouvir o universo quando os homens se calam e saudar o sol com meu corpo integrado às vezes não durmo e falo com as estrelas que um dia romancearei uma ideia por vezes, é a música que me chama e como recusar o convite? quase sempre, é o mar e as águas todas do mundo que querem me levar para o fundo pra eu poder voltar e contar como é até que dá, Arnaldo, pra viver sem respirar um pouco eu vivo para não ter que explicar o que se sente é o que se sente o que se vive é o que deveríamos ter vivido o karma é presente constantemente tornado presente natureza que escorre exuberante mãe terra, mãe fértil do instante instant karma the love that we all need una voz de cantautora de flamenco informando a urgência do viver fogo