Hoje eu quero o amor mais profundo: meditação de uma Thaís brasileira e contemporânea distante da conversão
Um ensaio sobre o feminino e o masculino, arte e sociedade, a partir de uma autonarrativa afetiva Na introdução da minha dissertação de mestrado falo muito sobre minha história. Quase sempre, quando escrevo, falo de mim, mas não por um egocentrismo. É tão somente porque não consigo falar do mundo sem falar da minha experiência de mundo e de como a vida se revela em mim, entendendo que sou um corpo, mas atravessado por inúmeras singularidades, como qualquer corpo, ou seja, sou apenas mais um campo múltiplo desse universo. Acredito que falar de si mesmo é falar do mundo, também escrevi isso na dissertação, e o mestre Muniz Sodré me disse: "você escreve muito bem Vanessa, e sabe o que os escritores sabem, que escrever sobre si mesmo é escrever na linguagem universal". Olha que ouvir isso do Muniz foi uma alegria só. E me lembrei daquela frase de Tolstói: "se queres ser universal, comeces por pintar a tua aldeia". É isso. Gosto de compartilhar das minhas experiênc