Trinta e cinco
Blackbird... You were only waiting for this moment to arise Era tarde e chovia Como de praxe na revolução do meu sol. Para criar arco-íris, é fato! Pois não aceito nada menos que isso: cores! Meu coração de filha do quase inverno Inflou de alegria! Fechei os olhos para sentir O fino da chuva no meu rosto - Eu estava sentada no sofá do quintal, Observava as bandeiras do Nepal, Que me presentearam um dia, Penduradas, voltadas para o vento, Carregadas de prece - Pensei: Sidarta iluminou-se aos trinta e cinco! Trinta e cinco... E tanto ainda por viver! Ainda virão novos sonhos no planeta E novas florestas serão devastadas Virão fatos, guerras, dores, Janelas novas, novos ares, Cachorro correndo no jardim, outras músicas, outras paisagens Virá o dinheiro! – Ao menos acredito nisso... (E se eu não acreditar, ninguém, por mim, o fará) E virão os filhos! E os livros repletos das pequenas verdades Sim! Virão as crianças um dia E as novas poesias E o amor, finalmen