Imoral e física
Sou fagulha de sol Na direção do improvável Tudo o que imagino Realizo E minha aura radiante paiol Veste túnicas de cetim sanguíneo Há que se considerar que, Afoita, Jamais manseio E que, carregada de arpejos, Não me entrego a qualquer fato Hoje, avalio ontem Repenso Estratégia me faz O tempo me ensinou a ser selvagem E a catarse dos momentos A manter foco em arte Sou arma de forte na entrada no mar E pirata que toma os navios da realeza Não concebo Moral Que a alma não aprove E me debruço à falta dela Porque me sirvo Desejo Há quem se alimente de restos E se contente com palavras belas Ou sou diversidade Aquarela Ou me recuso a ser esteta Prefiro a imoralidade da traição À sensação castrati de viver obrigada De que adianta alcançar as notas Sem que o corpo conheça A dança apaixonada Há quem pense em agudos E, só depois, em graves Eu deslizo por toda a grade Sou fagulha de nada Que sabe ser tudo Não me culpo a arrogância De me sent