Phoenix, um poema
Para Sergio Roberto de Oliveira De tudo renascemos – Anunciou-se! Do pó viemos ao pó retornaremos Para dele, reerguermos sonhos – não muros, No ciclo eterno de vida renovada Teu corpo é de cada humano – Alvorada! Tua dor quem sente é o mundo Pelos fios da linguagem universal Emoção-sal De corpo água-forte Respirar não é mais Que impermanência e sorte E, de repente, a morte E o primeiro reviver Simultâneos intervalos Quando nasce a morte Morre o passado Ambos um só, sem hiato E eis que ela, a vida, Brilha no choro agudo Da criança recém-nascida Morre o jovem, nasce o pai! Eis o que se consuma! E celebra-se a bruma! Segue-se a jornada Em seu curso, amarrada, A criança crescendo, o pulso, a estrada, Dias e noites cumprindo o seu destino insano E, então, de novo ela, dilacerando, A morte na forma do fim do amor Para renascer, em exato ins