O universo das coisas não publicadas
Sento-me diante dela A quem costumamos nomear vida E à rosa subsiste seu nome Deixo de lado cetro e vaidade Acomodo-me em seu sítio forte Onde trono é tronco de árvore Ela me solicita despir-me Abandonar os livros e a razão Para ouvir o que grita Recolho os meus sentidos e os vazios Meus demônios dizem Que talvez não valha a pena Uma nudez com pena da morte? E a morte ri na minha cara E diz que é vida ainda Retiro, então, a pele Marcada mesmo É por traços invisíveis E encaro os profundos olhos dela Vida ou morte, tanto faz São fêmeas Ambas dão a luz E são a mesma face cálida Mirando as nossas fragilidades Para extrair delas O óleo essencial de nossas almas Verdades Busco em seus espelhos Os porquês Em vão, tolice Disparo sangue pelos meus Com o coração chovendo espinhos Despedaçado Ao lembrar a infância feliz Com cheiro de mato Totem de um tempo já perdido O que importa é fluído A vida é círculo E de tudo resiste sempre uma flor De ca