O universo das coisas não publicadas
Sento-me diante dela
A quem costumamos nomear vida
E à rosa subsiste seu nome
Deixo de lado cetro e vaidade
Acomodo-me em seu sítio forte
Onde trono é tronco de árvore
Ela me solicita despir-me
Abandonar os livros e a razão
Para ouvir o que grita
Recolho os meus sentidos e os vazios
Meus demônios dizem
Que talvez não valha a pena
Uma nudez com pena da morte?
E a morte ri na minha cara
E diz que é vida ainda
Retiro, então, a pele
Marcada mesmo
É por traços invisíveis
E encaro os profundos olhos dela
Vida ou morte, tanto faz
São fêmeas
Ambas dão a luz
E são a mesma face cálida
Mirando as nossas fragilidades
Para extrair delas
O óleo essencial de nossas almas
Verdades
Busco em seus espelhos
Os porquês
Em vão, tolice
Disparo sangue pelos meus
Com o coração chovendo espinhos
Despedaçado
Ao lembrar a infância feliz
Com cheiro de mato
Totem de um tempo já perdido
O que importa é fluído
A vida é círculo
E de tudo resiste sempre uma flor
De cada vida na nossa, pólen
Flor até mesmo quando feia
Como o poeta confrontou à náusea
Espiral de muitas camadas
Tudo o que está fora dos compêndios
Incerta e exata
Universo paradoxal
Das coisas não publicadas
De tão singulares
A vida
Tão frágil
E ainda assim uma estrela iluminada
Pote de ouro
Círculo mágico
Lótus em comunhão com o infinito
Composta de notas raras
E bela, até mesmo no fim
E todo fim é também início
Óbvia conclusão
Pra um interstício
A quem costumamos nomear vida
E à rosa subsiste seu nome
Deixo de lado cetro e vaidade
Acomodo-me em seu sítio forte
Onde trono é tronco de árvore
Ela me solicita despir-me
Abandonar os livros e a razão
Para ouvir o que grita
Recolho os meus sentidos e os vazios
Meus demônios dizem
Que talvez não valha a pena
Uma nudez com pena da morte?
E a morte ri na minha cara
E diz que é vida ainda
Retiro, então, a pele
Marcada mesmo
É por traços invisíveis
E encaro os profundos olhos dela
Vida ou morte, tanto faz
São fêmeas
Ambas dão a luz
E são a mesma face cálida
Mirando as nossas fragilidades
Para extrair delas
O óleo essencial de nossas almas
Verdades
Busco em seus espelhos
Os porquês
Em vão, tolice
Disparo sangue pelos meus
Com o coração chovendo espinhos
Despedaçado
Ao lembrar a infância feliz
Com cheiro de mato
Totem de um tempo já perdido
O que importa é fluído
A vida é círculo
E de tudo resiste sempre uma flor
De cada vida na nossa, pólen
Flor até mesmo quando feia
Como o poeta confrontou à náusea
Espiral de muitas camadas
Tudo o que está fora dos compêndios
Incerta e exata
Universo paradoxal
Das coisas não publicadas
De tão singulares
A vida
Tão frágil
E ainda assim uma estrela iluminada
Pote de ouro
Círculo mágico
Lótus em comunhão com o infinito
Composta de notas raras
E bela, até mesmo no fim
E todo fim é também início
Óbvia conclusão
Pra um interstício