oops
já acordo em sobressaltos
meus múltiplos fluxos não deixam barato vapor
reagir pra quê?
melhor é ir de mãos dadas
parar de forma alguma
ligar a TV jamais
usá-la como móvel para suportar flores e um gnomo
palavras, projetos
starta tudo ao mesmo tempo
a vida escorre como aventura perigosa
que dá fome e faz neblina
e quando tudo se aquieta
medito e alongo o corpo desejoso
paro sem parar
paro sem estagnar o olhar
paro para não ouvir as vozes rabugentas
e os pensamentos secretos do âncora do jornal
pego a vassoura e o enxoto como bicho que não se quer
músicas, só as que desejo
aquelas músicas!
sons? do vento, das vozes amigas, do pensamento que persiste
calor? dos corpos, do sol e da arte
o das luzes artificiais que fique para os cegos
água pra todos os lados
para lavar com os meus santos os alheios
velas para criar penumbra, incensos para remeter
mato, muito mato, e chuva fina no telhado
bora correr na rua?
pintar o hidrante e fazer arte como processo
e deixar que o tempo a leve depois
e que outros desejos a transformem
saturem os que já não cabem
permitam a novidade do tempo
sejamos luz em movimento!
tomemos banho quando o banho vem...