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Mostrando postagens de julho, 2013

o pêndulo e o poço

quando inflama um corpo e a mente reclama, insolente, divergente pra um lado o corpo, pro outro lado a mente, o mundo pede calma mas o que se faz com o que não se alma e com aquilo que se alma até demais? quando inflama um corpo, inflama! e nada mais a mente tenta anuviar nubla a memória dispersa a história libera palavras que tentam racionalizar mas quando inflama um corpo, inflama! e não há como disfarçar a mente briga com o corpo e relativiza o tempo esse que corre, oferece, tira e devolve... sem chance pra lamento tola mente! porque a memória tem cheiro... voz, carne, osso sonhos, desejos e desespero e vira e mexe a memória vira carne de novo e a memória tem beijo assim, inflama o corpo e ri na cara da mente mas, insolente, lhe olha a mente e ri do corpo que se alma mas se mente é a ideia do corpo mente a mente para o próprio corpo? apenas sei que inflama, o corpo... em abraços longos que liberam fagulhas revelando o que não foi d

Pitta

Eu me consumo Não me importo em morrer Minha chama é daquelas que renascem Ave mitológica Procuro sempre por aquilo que me inflame Nasci sob a configuração da combustão

O tempo

O tempo é uma das questões que mais me me tomam tempo nessa vida, como questão prática e simultaneamente filosófica. E a relação com o tempo, é sempre uma relação conflituosa para mim (mas que relação não é conflito, me pergunto... conflito é bom!). Tudo o que faço, ou melhor, tudo o que escolhi para me dedicar (ou que me escolheu) faço com intensidade, e fico sempre com aquela sensação de que me falta tempo, porque, teoricamente, eu precisaria de mais tempo para fazer mais e melhor (neurose minha). Mas essa é uma sensação de quase todo mundo hoje, pois vivemos bombardeados por informações, ofertas e convites. Achar que vamos dar conta de tudo é um erro para o sistema nervoso, e para a consolidação do que deve ser feito. Pois o que não nos falta é tempo. Talvez falte é concentração, foco naquilo que escolhemos como prioritário na vida. No entanto, embora tempo não seja desculpa quando queremos alguma coisa de verdade, não há tempo a perder. Porque a vida passa rapidinho... O ruim é qu

I Ching - um poema para tempos ruidosos

recolher-se em si aquietar-se é tempo de lapidar os diamantes na sala escura dos homens, distante para uma luz brilhar sem ferir os olhos é necessário um trabalho árduo sensível, cauteloso por vezes, solitário nada sabemos do que somos enquanto tudo proclamamos como sábios no poço fundo, caem nossas verdades para o florescimento é preciso devoção! para o renascimento, a observação retirar-se momentaneamente para reorganizar-se é tempo de balanço! para que seja triunfal a descida da montanha move-se o universo em favor quando uma estrela se enche de luz internamente virá, no exato momento, do fundo do poço, do abismo da alma-corpo, aquela que mata a sede por isso, o agora é o tempo da reforma, da obra de revestir-se para a transformação íntima e não se pode utilizar um poço enquanto ele está sendo revestido este trabalho, no entanto, não é em vão graças a ele, a água permanece límpida

tantra

será, a minha poesia, a chama para queimar o incenso do mundo na realidade que construo com a palavra transformar a pedra em ouro, o vazio no som primordial nuvem que atravesso num jato deixando o meu rastro como lençol de seda que estendo para dormir o sono exato do planeta e acordar inteira carregando, da vida, no meu ventre, a tua saga meu corpo é um templo! encontre nele a tua tessitura, universo pratique aqui, a tua união, onde pulsa o sexo e mora a divindade sou folha branca de papel para que escrevas o teu verso