Do desejo e do desapego
Pequenos momentos podem ser grandes momentos, quando capazes de ampliar a vida, de torná-la mais bonita e mais leve. E talvez sejam os pequenos momentos os que mais deem sentido à vida. Um abraço, um cafuné, um bom café, uma boa noite de sexo, encontros, reencontros, olhares, fazer uma comida pra quem se gosta, oferecer e receber ouvido, atenção, colo, flores, ter aquela conversa, beber um vinho, conseguir fechar um trabalho, iniciar um, pegar um avião, saltar do avião, chegar num lugar desconhecido, chegar num lugar que se ama. É no dia a dia que as coisas se consolidam, que a intuição tem espaço, que se constrói e se destrói. É no cotidiano, na necessidade de viver o que a vida nos coloca como nosso, que temos a chance de aplicar conhecimentos, teorias, juntar práticas, organizar, reorganizar, desorganizar. É no dia a dia que dimensões fundamentais da vida ganham espaço, como o cuidado, a atenção, a relação entre o que somos e o que é o outro e o mundo. Os grandes acontecimentos são