poema do sutil
não!
não falarei do óbvio
este é um poema do sutil
este é um poema da escuta
que vê além das palavras surdas
e lê nas entrelinhas
este é um poema
que sabe
um poema
da intuição
não!
não falarei do óbvio
pois nada em ti é óbvio
a medida que carregas
no corpo a marca pulsante
da crueldade da existência
tudo em ti é sentido
e nada em ti foi naufrágio
pelo contrário
por isso
este não é um poema bandido
ele sabe o que é
tão claramente
que já vê a flor
quando olha pra semente
não falarei do óbvio
este é um poema do sutil
este é um poema da escuta
que vê além das palavras surdas
e lê nas entrelinhas
este é um poema
que sabe
um poema
da intuição
não!
não falarei do óbvio
pois nada em ti é óbvio
a medida que carregas
no corpo a marca pulsante
da crueldade da existência
tudo em ti é sentido
e nada em ti foi naufrágio
pelo contrário
por isso
este não é um poema bandido
ele sabe o que é
tão claramente
que já vê a flor
quando olha pra semente