De volta pra casa
Como se revisitasse sólida A doçura do meu afeto Aquela estrela amanhecida Me tomou inteira nos teus olhos O mundo curtia ao longe A tua senda envaidecida de saudade Teu inexato signo da morte Verdade que tomada ao vento Foge ao meu caminho Que tão íntimo ao teu, agora, Se dobra na curva extática do infinito Como se faltasse um nome Uma palavra têxtil me tomou de assalto E o campo numeroso do meu corpo mago Fez chover sorrisos como meteoros tortos Eis que o nome é o que menos importa Pois se abriram as portas mais esplendorosas Que temperadas me tomam feito o mar E carregam meu sangue no teu paladar Como se transbordasse a fome Nasceu inteira uma lavoura enorme Dentro da qual se dança o campo Imantado de uma música-criança E brotam lírios, uvas, azeitonas E árvores pedindo seiva bruta No horizonte endoidecido de desejo Em que insetos despejam seus segredos Na roda placentária movida de cheiro Amanheci o ser amado no meu beijo Anoiteci minha palavra nas e