as veias da cidade
minha poesia tem fome
como fome tem um beijo
e percorre as veias da cidade
tem aura minha poesia
e preenche os espaços vazios
do porto
e do meu silêncio
diante da paisagem
como sangue tem meu corpo
como lua tem hoje
o céu do Rio de Janeiro
eu me beiro
nessa noite clara, de estrelas
nessa noite densa, de sonho
como o sonho de uma noite de verão
mas é outonal o céu carioca,
de lua abissal,
que vejo da janela do carro
como se carro fosse o meu desejo
e pudesse me levar
onde agora festejo...
onde também a lua é vista
e a vista é a pura poesia
do que vejo
tem música essa metrópole,
do alto, do asfalto,
da ladeira que o percurso toma,
dos arcos visíveis do bar
que imprimiu um cheiro
como a minha poesia,
percorre o táxi, as veias da cidade
e um torpor circula pelo meu sangue
e invade as veias porque não pode
senão, invadi-las, e torná-las arte
atravesso a cidade
me atravesso
e atravessa meu corpo
um ar frio carregado de futuro
do cristo à floresta
quereria meu coração
estar sempre em festa
planar pela lagoa
como pássaro altaneiro
a sentir o sol da tarde
do cristo à floresta
o caminho é curto
o parque era alto
o som era a lógica
o asfalto é o trilho
o mar permanece
invade o táxi as veias da cidade
e me deixa em casa
onde encontro o silêncio exato
pra o momento certo
o de construir o presente
no elo entre o que sinto
e aquilo que é urgente
e incerto...
como fome tem um beijo
e percorre as veias da cidade
tem aura minha poesia
e preenche os espaços vazios
do porto
e do meu silêncio
diante da paisagem
como sangue tem meu corpo
como lua tem hoje
o céu do Rio de Janeiro
eu me beiro
nessa noite clara, de estrelas
nessa noite densa, de sonho
como o sonho de uma noite de verão
mas é outonal o céu carioca,
de lua abissal,
que vejo da janela do carro
como se carro fosse o meu desejo
e pudesse me levar
onde agora festejo...
onde também a lua é vista
e a vista é a pura poesia
do que vejo
tem música essa metrópole,
do alto, do asfalto,
da ladeira que o percurso toma,
dos arcos visíveis do bar
que imprimiu um cheiro
como a minha poesia,
percorre o táxi, as veias da cidade
e um torpor circula pelo meu sangue
e invade as veias porque não pode
senão, invadi-las, e torná-las arte
atravesso a cidade
me atravesso
e atravessa meu corpo
um ar frio carregado de futuro
do cristo à floresta
quereria meu coração
estar sempre em festa
planar pela lagoa
como pássaro altaneiro
a sentir o sol da tarde
do cristo à floresta
o caminho é curto
o parque era alto
o som era a lógica
o asfalto é o trilho
o mar permanece
invade o táxi as veias da cidade
e me deixa em casa
onde encontro o silêncio exato
pra o momento certo
o de construir o presente
no elo entre o que sinto
e aquilo que é urgente
e incerto...