Como se
é como se sobrasse em mim uma fresta e ela pudesse reter, no ar, o não dito há que se sentir o ar que embriaga os pulmões! é como se faltasse em mim alguma coisa ainda... e o vazio não fosse mais que uma intenção alguns dias de solidão e tudo ganha novo colorido meio mês e nada faz sentido e meu tato procura, cheio, as peças perdidas no passado recente que, por si próprias, semearam meu jardim aquelas folhas que entraram pela janela, ao vento, procuram por aquele cheiro pelas portas que se abriram e as luzes que descortinaram túneis fez-se brusca a passagem é que enovelei tanto... é que tudo, naquele agora, que nem foi há tanto, foi verdade alguns dias de solidão e nem mesmo a saudade o que se passa? cabelo a procurar a tempestade... a desejar o dia que chegará e que, sequer, sei o que será perder toda a luz não se pode não se pode, lançada tão de cara a tanta falta de sentido perder o dia em que todo ele existiu, inteiro, nas mãos que toc