Pra que serve a poesia
se não servir a poesia
para nada
prefiro não ouvi-la
não sou adepta do vazio
da palavra
que, aqui, uma vez dita,
- a física garante -
produz nota na cítara
do outro lado do planeta
que me sirva, a poesia!
como me serve um prato
de carne suculenta
ou prefiro esquecê-la
para quê poesia
se não me lembra, ela,
da vida latejante
que existe para além
do cansaço
deve servir sim!
para lembrar
o absurdo risível
que nada é tão absurdo
que não possa ser possível
para nada
prefiro não ouvi-la
não sou adepta do vazio
da palavra
que, aqui, uma vez dita,
- a física garante -
produz nota na cítara
do outro lado do planeta
que me sirva, a poesia!
como me serve um prato
de carne suculenta
ou prefiro esquecê-la
para quê poesia
se não me lembra, ela,
da vida latejante
que existe para além
do cansaço
deve servir sim!
para lembrar
o absurdo risível
que nada é tão absurdo
que não possa ser possível