Numa noite de chuva
minha sapatilha vermelha encharcada da chuva só desejava vagar tudo parecia incerto mas foi certo como poema feito pra chorar ela buscou os amigos errantes e foi na sua errância sentar só pediu uma pizza, uma cerveja e uma alegria não aceitou a burocracia cinza da fila e do transporte daquela gente toda com cara de apatia tão apegadas às suas casas que esquecem que existe poesia apegadas, todas elas, a uma sobrevida que atravessam o mar todos os dias e, moribundas, só esperam a hora de chegar na terra respirou fundo aquela sapatilha vermelha que foi vagar mandou mensagens para os queridos e recebeu uma resposta a resposta certa de uma alma errante cumprindo deveres que a errância não entende mas precisa aceitar mas, nossa, que alma alegre! eu devia era ter te sequestrado e essa chuva então... com o esmalte vermelho paixão sentei na mesa coberta por um toldo verde e lembrei também do amigo Juba, meu amor de vento, das noites que ali passamos em nossa