um novo poema egocêntrico
não sei mais o que sou
e gosto
dói
mas gosto
e tem gosto
eu medito
e tenho plantas pra cuidar
eu escrevo
falo
tudo é exagerado
até o meu silêncio, quando vem
é exagero
eu sou ansiedade de querer pra ontem
e acalmo o anseio com chá de capim limão
a cada dia sou imperfeição
não cumpro promessas
e não posso dizer que não
porque pode ser que sim
tive uma banda chamada móbile
tenho um projeto chamado móbile
tenho uma música chamada móbile
destino imperfeito
de ser levada pelo vento
eu sou espiral no tempo