O amor com cheiro de asfalto


apesar do sangue que escorre de suas veias
a poesia vence em suas vielas
de onde vemos ascender arranha-céus
harmoniosos com o passado
belo na sua tela-realidade

cidade

favela que constrói arquitetura
prazer que não se cansa de ser
cela aberta do corpo de verão

e na linha do olhar
sempre ele, o mar
impondo-se a bater na pedra
de onde surgem as imprecisas montanhas
por onde o sol se põe alucinado
e nos faz chorar pela beleza

alegria mesmo nos cantos sujos do seu belo centro
encanto
arcos que nos protegem da sombria flor do desespero
e nos une em carnaval

vencida estou por esse amor bandido
que até quando tudo parece perdido
Rio de Janeiro
você me diz que é possível

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