outono
um poema que nasce na madrugada
de vento forte e chuva desejada,
trazendo o outono
é calor – ou frio – que sobe pela espinha
da noite de tempo longo, inteiramente...
minha?
tempo sem fim,
do que insiste em ser verdade
do filme, do vinho e de mais nada
talvez, da vaidade
talvez, da vaidade
desejos, palavras,
silêncio após Beethoven,
calma após a estrada
o outono...
sempre revelando a minha fala
mas um outono de abandono e amor
por uma rima que não pode ser falada
mas um outono de abandono e amor
por uma rima que não pode ser falada